-
Sinal trocado

Sérgio José Dulac Müller. Foi ele quem me entrevistou quando fiz concurso para juiz. Ele e o Roenick. Depois, com o Favretto, fez minha banca em Direito Comercial. Bom de conversa, foi quem conduziu a entrevista, e, como eu próprio resolvi não seguir os prudentes conselhos que haviam me dado, de esconder minhas inclinações ideológicas…
-
Barrar o ódio

A execução de Marielle colocou na nossa pauta a questão do ódio. Não o ódio de quem puxou o gatilho, porque quem mata assim não costuma fazê-lo por ódio, mas pelo cálculo frio do interesse contrariado, da necessidade de manter seu mercado ou garantir sua impunidade. O ódio de que falo é o dos gatilhos…
-
Marielle

Não a conhecia, não sei quem a matou, se foi polícia, se foi bandido. Ou se foi polícia-bandido. Sei que era mulher, pobre, negra, bissexual (não sei em que ordem devo dizer). Faltou dizer: era favelada. Veio da Maré, conseguiu bolsa para fazer curso superior, depois fez mestrado, virou vereadora. E lutava.
-
Mais plástico que peixes

Em 2050, haverá mais plástico que peixes nos oceanos. Mesmo para mim, que não consigo esperar nada de bom para nosso ambiente, atingido pelo aquecimento global e ameaçado pela corrida armamentista, agora reacendida pelas novas armas anunciadas por Putin, a previsão foi assustadora. Chego com atraso à notícia, porque o prognóstico consta de relatório apresentado…
-
Algo de podre

Um dos grandes vexames internacionais do Governo Temer aconteceu em junho do ano passado, quando a Noruega comunicou a redução dos aportes ao Fundo Amazônia, por conta da recente reversão de expectativas em relação à redução no seu desmatamento. Não que surpreendesse a decisão, dado o malogro na política de preservação da Amazônia, que atingiu…
