-
Brecht por João do Livro

Meu primeiro contato com Brecht foi quando terminava o Segundo Grau, em São Sebastião do Caí. Acho que capa amarela, tradução de Fernando Peixoto. Foi uma época de grandes descobertas literárias: Garcia Marquez, Cortázar, Vargas Llosa, Guimarães Rosa. E obviamente Brecht. Tudo retirado com a Lígia, na biblioteca da Escola Normal, aquisições do Zé Clóvis.
-
Os leitores do Funchal

Nunca reverenciar. Nem exigir reverência. Sabia que poucos leriam, mas deu gosto escrever. Foi um duplo prazer: recordar, afazer que se torna mais assíduo com o passar do tempo, e dar essa declaração libertária, de quem professa o credo da igualdade.
-
Somos todos Mari

O título era esse e a mensagem começava assim: Mariana, minha caçula, ou simplesmente Mari, tem 27 anos, é casada, formada em Direito e trabalha como assessora na Procuradoria do Estado em Santa Cruz do Sul. Ela teve uma recidiva da leucemia que a acometeu no início do ano passado, está internada no Hospital Mãe…
-
Quatro cenas e algumas considerações sobre fundamentalismo (o dos outros e o nosso)

As cenas Cena 1: Estou num grupo de amigos que conversa sobre a imigração de refugiados na Europa. Amigo 1: O problema é que eles chegam às cidades, se isolam em alguns bairros e ali estabelecem suas próprias leis. Amigo 2: É diferente do que aconteceu com os nossos antepassados, que chegaram aqui e se…
-
Uma foto de família

Queria escrever sobre família. Precisava escrever. Então, há dias me pus a pensar ideias para um texto. Não as tive. É incrível minha dificuldade para definir o óbvio. Mais incrível ainda quando alguém diz absurdos sobre o óbvio. Como construir um discurso inteligente para refutar o absurdo? Parece que alguém nos ejeta do mundo da…
