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As covas

Uma imagem vale mais que mil palavras. A máxima foi novamente confirmada hoje, com a capa do Washington Post, na qual se veem dezenas de covas abertas num cemitério de São Paulo, enquanto se realiza um enterro, no qual os funcionários usam roupas de proteção.
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Pensando na quarentena

A gripe espanhola aconteceu há cem anos, e matou dezenas de milhões de pessoas (50, 100?), num mundo cuja população era de 1,8 bilhões. Morreu entre 3 e 5% da população do planeta. Hoje uma pandemia que aponta número muito menor de mortes paralisa o mundo. Para comparar, mesmo a assustadora projeção de quase 500…
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Arquivo morto

Foi há alguns meses. Numa frase de duas linhas, responsabilizei os eleitores dele pelas queimadas da Amazônia. Houve quem retrucasse, e, surpreendentemente educado, um deles, após argumentar que a queimada se repetia da mesma forma em todos os governos, acabou se saindo pela tangente, com esta: “Devemos combater um problema de cada vez. Você notou,…
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Como se fossem pessoas normais

Não vejo televisão, pouco assisto do noticiário. Cada vez mais, fujo dos discursos oficiais. Quando compartilham qualquer coisa, dizendo olha que absurdo, desvio o olhar. Por isso, só li o pronunciamento do Secretário da Cultura, Roberto Alvim, na centésima vez em que fui interpelado a fazê-lo.
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Boa viagem

Negro, andrajoso, cambaleante. Estou a três passos. Ele vem, me diz algo em voz arrastada. Desvio, e ele: ô-ô-ô, me responde! Me volto, e ele: onde eu tô? Tá numa parada!
